Esta mesa é inspirada no trabalho de final de curso de Marco Brandão. O ano de 1976 foi identificado como o início da transformação do Carnaval DE Ouro Preto (por, para e pelos ouro-pretanos) ao Carnaval EM Ouro Preto, que se apresenta como simbiose do Carnaval das Repúblicas e do consumo turístico.
Desde a transição do entrudo em meados do século XIX, primeiro carnaval oficial em 1857, O Zé Pereira em Ouro Preto, a emergência do Zé Pereira do Club dos Lacaios e outros grupos carnavalesco no final do século XIX e início do século XX, o Club dos Batutas nos anos 20 e 30, auge do ZPCL nos anos 60, início do carnaval de Escolas de Samba, blocos carnavalescos, Carnaval da Cerveja x Carnaval das Repúblicas, a resiliência do ZPCL.
A mesa será mediada por Betânia dos Anjos do Carmo, servidora da UFOP e participante do grupo carnavalesco "Bandalheira". Além disso, contará com a participação de:
Marco Antônio Brandão: graduado em Turismo na UFOP e atualmente estudante do curso de Museologia na mesma instituição. É pesquisador do carnaval em Ouro Preto e entre outros trabalhos publicou "ALMANAQUE DE SÃO CARLOS IV - Da Società Dante Alighieri a EESC - USP (1902-1953)", Edit Dom Viçoso, Mariana, MG, 2023; e "UFOPIANAS (ou Ouro Preto dos meus Uais e das Repúblicas Estudantis)", EDUFOP, Ouro Preto, MG, 2023.
Diguinha Ferreira: Seu nome é Magda, mas prefere ser chamada de Diguinha. Seu pai foi um dos fundadores da escola de samba Acadêmicos do São Cristóvão, há quarenta anos. Desde então Diguinha se dedica à comunidade e diz que viu a importância da escola crescer na comunidade, tornando-se a segunda casa das pessoas. Lá ela aprendeu diversos ofícios tais como a costura, a criação de fantasias e a culinária. A Escola surgiu a partir de um bloco chamado "Estrela Dalva", e hoje a escola se tornou um instrumento de mobilização social da qual Diguinha exerce papel de protagonismo.
Otávio Luiz Machado: Possui graduação no curso de História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além de professor e escritor, Otávio é editor da Editora Prospectiva, pesquisador, fotógrafo, documentarista e produtor cultural. Em Ouro Preto, além de desenvolver o Projeto Ouro Preto Patrimônios, também vem produzindo uma série de livros e registros fotográficos e videográficos. Em 2023 publicou o livro “Sentidos de Pertencimento e Identidade Cultural: Repúblicas Estudantis de Ouro Preto e o Patrimônio Imaterial”.