A proposta é realizar um passeio pelo centro da cidade de Ouro Preto, identificando as marcas da presença negra nos espaços de trabalho, lazer, religiosos, culturais, etc.
Na Ouro Preto oitocentista, os lugares deletérios da cidade abrigavam aqueles personagens considerados “desclassificados” e pertencentes às "Classes Perigosas", que eram formadas pelos negros escravizados ou libertos, pelos mestiços, além de brancos pobres. Assim as ruas, as pontes, as vendas e os chafarizes, eram considerados insalubres por serem espaços cotidianamente frequentados por homens e mulheres pobres, ou seja, da “desordem”, e os quais deveriam ser evitados pela autodeclarada "Boa Sociedade”.
Se no passado a convivência nestes ambientes era discriminada, hoje grande parte desta história, que muito nos ensina sobre a presença negra na cidade, é desconhecida por moradores, estudantes e turistas que enchem as ladeiras da antiga Vila Rica. Esta ação de educação patrimonial busca contribuir para ampliar o alcance dessas informações e promover a dignidade dos povos negros que habitam a cidade.
Atenção: participantes precisam estar preparados/as para caminhada nos morros de Ouro Preto.
Livre para todos os públicos - 15 participantes.